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A evolução da medicina esportiva e a preparação dos jogadores

Resumo do texto:

  • A importância da integração de departamentos médicos e outros profissionais da área da saúde para facilitar a recuperação de atletas;

  • A tecnologia ajudou com diagnósticos mais precisos e a intensidade no esporte aumentou;

  • Em 12 anos tivemos um aumento de 4% nas lesões musculares por conta da intensidade que subiu entre 12 e 15 por cento;

  • Com a transdisciplinaridade e a tecnologia, as informações começaram a caminhar melhor na saúde e no meio técnico;

  • Não temos um período de inatividade na história do futebol tão grande quanto foi a quarentena;

  • A medicina desportiva está mais democrática e com mais profissionais envolvidos sem abrir mão dos seus valores.


Não há dúvidas de que a preparação física de excelência tenha se tornado determinante nos resultados de grandes clubes e atletas. Observa-se um trabalho integrado entre departamentos médicos e outros profissionais, como fisioterapeutas e nutrólogos, por exemplo. A medicina esportiva é multidisciplinar e o médico administra os profissionais que trabalham junto com o departamento - a relação facilita a recuperação dos atletas.

Marcos Motta, fundador do Hubstage e embaixador do sportainment no Brasil, participou do evento internacional WFS-Live e presenciou quais são as tendências na preparação dos jogadores e o que muda com o cenário da pandemia. A live, moderada por Marcio Atalla do canal Bemstar, contou com os convidados Joaquim Grava, do Instituto JG e Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do PSG (Paris Saint-Germain Football Club).


De acordo com o médico J. Grava, a relação de profissionais da saúde facilita a recuperação dos atletas. “Hoje o médico dá um diagnóstico e outros especialistas (também) desenvolvem os trabalhos de recuperação. Existem novos modos de manter o atleta em treinamento para ele não perder a condição física”, fala. É um modelo de saúde com tomadas de decisões compartilhadas onde todos ganham.


A contribuição da tecnologia para a medicina esportiva


Atualmente existem diagnósticos mais precisos por conta do apoio da tecnológica. Vemos jogadores em alta performance com idades avançadas - mudanças que são positivas. Sabemos que a demanda no futebol cresceu, assim como a intensidade. Naturalmente a parte de recuperação torna-se significativa.


Para o fisioterapeuta, B. Mazziotti, isso é importante e determinante para a evolução da carreira e longevidade do atleta. “Com a transdisciplinaridade e a tecnologia, as informações começaram a caminhar melhor na saúde e no meio técnico. A comunicação melhorou”, explica. De acordo com o profissional, criamos a resistência de potência em atletas no cenário do futebol mundial, já que em 12 anos tivemos um aumento de 4% nas lesões musculares por conta da intensidade que subiu entre 12 e 15 por cento. “As nossas avaliações melhoraram. Existe uma rotina quase que mensal entre temporadas, com elementos tecnológicos para ajudar”, afirma.


Com a Copa do Mundo no México, em 1986, o modo de jogar mudou e se tornou mais físico do que técnico. Para J. Grava, foi nesse período que iniciou o investimento da parte física do atleta. “O fisioterapeuta apareceu nessa época para deixar os esportistas cada vez melhores. Hoje observamos a diminuição de certas doenças que apareciam com mais frequência”, conta. Para o profissional, é difícil imaginar diagnósticos certeiros antes do advento da tecnologia e união de pessoal qualificado nos departamentos médicos.


A tecnologia permite sistemas de treinamentos integrados à própria recuperação. Hoje olhamos o sistema muscular como um todo. “Criamos situações onde o modelo de jogo está mais inserido. A força precisa transmitir-se por todo o corpo”, disse o convidado fisioterapeuta, B. Mazziotti. Para ele são os “ajustes com a tecnologia e o manuseio do expert que trará bons resultados”, expõe.


O futebol após o cenário da pandemia


O moderador, Marcio Atalla, trouxe à discussão o aumento das substituições no futebol e o quanto isso influenciará no cenário pós-pandemia. Para os convidados é algo positivo. De acordo B. Mazziotti, não temos um período de inatividade na história do futebol tão grande quanto foi a quarentena. “Precisamos estar atentos ao retorno pós-pandemia. Por mais que os atletas treinem em casa, a demanda no campo é diferente”, explica.


Para o médico J. Grava, os treinamentos que foram orientados para o ambiente doméstico não evitam lesões e as substituições ajudam na prevenção. “O atleta que não estiver bem fisicamente, poderá ser trocado e continua-se o jogo”, diz.


A necessidade de vivenciar o futebol será mais forte dentro de campo após a pandemia. É preciso analisar o que as lesões proporcionaram durante a inatividade dos jogadores e projetar boas condições para reabilitação desses atletas. A medicina do esporte está mais democrática, com mais profissionais envolvidos sem abrir mão dos seus valores. Não devemos deixar a vaidade superar a inteligência.




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